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TRADIÇÃO EXPERIÊNCIA VITÓRIAS

Acompanhe nesta seção, todas as histórias, dicas e sugestões sobre o Esporte a Motor , da importância do Patrocínio e de todos os assuntos que fazem o nosso esporte o esporte mais emocionante do planeta

Colunista

Prof. Marcelo Conte

Especialista - Aficcionado - Piloto

Minha história

Doutor em Ciências Visuais (UNIFESP) e Mestre Ciências do Esporte (UNICAMP)

Head Trainer Conte Fit Motorsports Training


Em 1977, o famoso parque de diversões Playcenter promoveu a divulgação do filme King Kong de John Guillermin, de uma forma espetacular e nunca vista no Brasil. Ou seja, simplesmente foi montado no Parque de Diversões o “robô” gorila King Kong de Hollywood com seus impressionantes 15 metros de altura e que até fazia alguns movimentos. O personagem principal permaneceu como atração ao público durante toda a semana do lançamento do filme no Brasil.

Eu estive presente na ocasião desse mega evento, naquele parque de diversões, que permaneceu como referência em entretenimento para crianças e adultos, por muitos anos. O meu irmão trabalhava e morava em São Paulo na época, me levou para passar uns dias na capital e preparou uma surpresa para mim: visitar o Playcenter. Contudo, a lembrança que realmente me marcou naquela noite, por mais incrível que pareça não foi exatamente o macaco gigante, e sim o que havia exposto em um estande, perto da pista de kart do parque: a Mclaren M23 Ford Cosworth DFV V8 campeã mundial F1 da temporada de 1974 conduzida pelas mãos de Emerson Fittipaldi. Naquela época, eu então com oito anos de idade fiquei impressionadíssimo ao ver pela primeira vez um carro de F1, aqueles pneus enormes, os canos de escapamento, o cockpit com aqueles instrumentos que exalavam precisão, o volante com diâmetro muito pequeno e aquele imponente motor V8 me deixou hipnotizado e fascinado. Era um modelo praticamente idêntico a McLaren M23 do Autorama Fittipaldi Estrela Série Bi-Campeão Interlagos que eu havia ganhado de presente no Natal anterior, sem dúvida, foi algo mágico poder ver o meu brinquedo em escala real.

Ainda naquela mesma noite fiquei também muito empolgado pela “velocidade” dos karts, até aquela data nunca tinha visto uma pista de kart. Foi muito legal ver meu irmão pilotando um kart, me recordo de como fiquei desapontado quando me informaram que eu não possuía idade e altura suficiente para entrar na pista e pilotar aqueles pequenos bólidos.

Sem dúvida que, aquela noite em especial a experiência de ver um F1 foi muito significativa para mim, e que tudo permaneceu muito bem armazenado em alguma gaveta do meu hipocampo por décadas. Sobretudo, tenho convicção que aquela oportunidade, inesperada, de estar a apenas a alguns centímetros de um carro de corrida, tão impressionante pelas suas formas e cores, e que mesmo parado parecia em movimento, foi muito importante para alimentar a minha paixão por carros, corridas, Fórmula 1, relíquias automotivas e tudo mais que tenha relação com motores e velocidade, ou seja, naquele momento a “gasolina foi injetada nas veias”. Nessa época, eu convivia diariamente com a coleção de revistas Autosprint italiana do meu irmão, além das edições da Autoesporte e Quatro Rodas e ainda recortes de jornais sobre automobilismo, assim o meu gosto pela leitura, em especial pelos assuntos automobilísticos foi se desenvolvendo à medida que eu fui crescendo.

Assim me tornei um apaixonado por automobilismo, acompanhando ao longo de quatro décadas quase todas as categorias (de Kart à Fórmula Truck), nutrindo paixão pelos carros e corridas. Sonhava em ser piloto, mas infelizmente as circunstâncias da vida não permitiram essa realização. Contudo, continuei sempre acompanhando o automobilismo e certo que um dia eu ainda pilotaria, ao menos uma vez, um carro no Autódromo de Interlagos, e, além disso, em algum momento da minha vida me aproximaria mais desse Esporte, deixando de ser apenas um expectador.

No entanto, a primeira que vez em que estive, literalmente, dentro do circuito de Interlagos foi em 2005, e não foi para correr com um automóvel, mas sim com minhas próprias pernas. Foi na II Ayrton Senna Racing Day, uma maratona de revezamento, que completa em 2018 a sua 15ª edição. Percorrer a extensão da pista, com um tempo em torno de 25 minutos a uma velocidade média de 10 km/h foi uma grande emoção. O simples fato de pisar naquele asfalto, que foi palco de tantas disputas e glórias, já me fazia sentir algo quase espiritual, era como se eu estivesse em um território sagrado.

Senti na pele o significado de Templo do Automobilismo. Naquele dia, enquanto eu corria pela pista, eu imaginava e sonhava como deveria ser emocionante estar ao volante de um carro percorrendo velozmente aquele circuito, considerado um dos mais importantes do mundo. Por outro lado, naquele momento eu não tinha certeza por quais vias esse sonho poderia um dia se concretizar. Apenas sonhava enquanto sentia Interlagos. Sete anos depois, em 2012, navegando pela internet descobri que havia uma competição de carros em Interlagos com objetivo de manter a regularidade. Naquela ocasião, para mim um dos principais atrativos dessa prova era que qualquer pessoa com Carteira Nacional de Habilitação, dentro do prazo de validade, poderia participar. Havia duas categorias: Carros Modernos e Carros Clássicos, esta para automóveis com mais de 20 anos de fabricação, a qual, sem dúvida, foi categoria que me interessou. Além disso, não era necessário fazer nenhuma modificação ou adaptação no veículo e também não era obrigatório o uso de vestimenta específica para o automobilismo, apenas o capacete.

No dia seguinte me inscrevi no Torneio de Regularidade de Interlagos, com meu Fiat 147 GLS 1979. Depois dessa primeira experiência em Interlagos, me tornei um participante assíduo dessa prova organizada pelo piloto e escritor Jan Balder, participando várias vezes, em diversas condições como chuva, frio, calor, durante o dia e até mesmo em uma oportunidade em um prova noturna, com o Fiat ou com meu outro carro, o Escort XR3 1988. Participar dessa prova se tornou um hábito, em 2020 completei oito anos participando regularmente das etapas.

Motivado pelo prazer de pilotar em Interlagos, em 2018, fiz o curso de pilotagem, com o pessoal da Escola de Pilotagem Interlagos. Sem dúvida, outro momento único em minha vida, uma experiência sensacional a oportunidade de aprender as técnicas básicas de pilotagem com quem entende do assunto.

No entanto, a minha área profissional é a Educação Física, após concluir a graduação em 1997 em ingressei no Mestrado em Ciências do Esporte (UNICAMP) e depois no Doutorado em Ciências Visuais (UNIFESP). Concomitante a minha carreira acadêmica, eu trabalhei por várias décadas na preparação física de diversos esportes e também como Professor Titular em Instituições de Ensino Superior. Durante todos esses anos eu aguardei o momento certo para desenvolver um projeto que de alguma forma associaria a minha formação acadêmica com o automobilismo.

 Desta forma, em julho de 2018 eu viajei aos Estados Unidos da América para apresentar um trabalho em um Congresso em Indianapolis e aproveitei para conhecer a Pit Fit Training, um centro de referência e especializado na preparação física de pilotos de automobilismo, onde treinam, por exemplo, Tony Kanaan, Pietro Fittipaldi, Alexander Rossi entre outros expoentes do automobilismo internacional. Fui muito bem recebido pelo Jim Leo, CEO da Pit Fit Training e pude conhecer o que de mais avançado é utilizado no treinamento físico e mental de pilotos de corrida.

  Aquele era o impulso que faltava. Assim sendo trouxe dos EUA, alguns equipamentos específicos e muito interessantes para o treinamento para o automobilismo. Estudei metodologias de treinamento aplicadas a melhorar a capacidade física, neurocognitiva e neurosensorial de pilotos de corrida e aí nasceu a Conte Fit – Motorsports Training (www.contefit.com.br) fruto de duas paixões: Automobilismo e  Ciências do Esporte.  Após décadas de acompanhamento do automobilismo e de produção acadêmica no âmbito das Ciências do Esporte, era o momento de oferecer uma assessoria esportiva especializada na preparação física e neurosensorial de pilotos. Constituí uma Assessoria Esportiva especializada no treinamento do desempenho humano específico para automobilismo. Utilizando tecnologia para desenvolver programas individualizados para o treinamento global, avaliação física e neurosensorial de pilotos, bem como programas de prevenção e reabilitação de lesões musculares. Além do trabalho de Preparação Física com a Conte Fit, eu também obtive apoio das Universidades que trabalho para a criação de um Grupo Estudos em Esportes a Motor e Performance Física (GEMPEF), onde realizamos pesquisas de Iniciação Científica (ESEF) e Mestrado Profissional (UNIFESP) envolvendo o automobilismo.

Após pouco mais de um ano de Conte Fit e de Coordenação do GEMPEF, me sinto realizado trabalhando com o automobilismo, produzindo conhecimento na área e contribuindo de alguma forma para os pilotos melhorem suas condições físicas, ultrapassarem limites e se tornarem mais rápidos nas pistas.

Nas próximas colunas vamos abordar assuntos relacionados à preparação física e neurosensorial para pilotos de automobilismo.

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Algumas fotos que ilustram esta parte da minha história

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